segunda-feira, 9 de maio de 2016

Há 22 anos Nelson Mandela se tornava o primeiro presidente negro da África do Sul


Nelson Mandela foi um dos principais líderes contra o apartheid (maior movimento de segregação racial da história mundial contemporânea, iniciado em 1948) e é considerado em todo o mundo um pacificador.
Nelson Rolihlahla Mandela foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul em 9 de maio de 1994. Sua eleição pois oficialmente fim ao apartheid
Mandela foi denunciado como sendo um terrorista comunista por seus críticos, mas foi aclamado internacionalmente por seu ativismo e recebeu mais de 250 prêmios e condecorações, incluindo o Nobel da Paz em 1993, Presidential Medal of Freedom dos Estados Unidos e a Ordem de Lenin da União Soviética.

O que foi o apartheid? 

Maior movimento de segregação racial, o apartheid (“vidas separadas”, em africano) só teve seu fim declarado em 09 de maio de 1994, quando o Congresso Nacional Africano (CNA) vence as eleições multirraciais e democráticas e Nelson Mandela se torna o primeiro presidente negro da África do Sul – a posse aconteceu em 10 de maio daquele ano. 
Tudo começou em 29 de junho de 1948, quando o Novo Partido Político Nacional (NNP) ganhou as eleições na África do Sul e deu início à política de segregação racialO regime instaurado previa que apenas a minoria branca (de origem holandesa e inglesa) detivesse todo o poder político e econômico do país sul-africano, estabelecendo que a imensa maioria negra fosse obrigada a obedecer à legislação separatista. Dessa forma, somente os brancos podiam participar das eleições e os habitantes eram divididos em “negros”, “brancos”, “de cor” e “indianos”.
Serviços públicos como saúde, educação e segurança também eram segregados e os negros recebiam serviços de qualidade inferior. Culturalmente, o apartheid também proibiu, por exemplo, que os negros e brancos convivessem em terras vizinhas ou mantivessem relações pessoais (casamentos) e profissionais. Assim, a população negra era forçada a viver em zonas residenciais segregadas e afastadas das chamadas “áreas brancas”.
Com o apartheid veio uma onda de violência e incentivou diversos movimentos de resistência interna na África do Sul, além de embargos comerciais internacionais contra o país. As revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição, em 1950, representada pelo Congresso Nacional Africano (CNA) e pelo seu líder, Nelson Mandela. Sem oposição, o governo branco aumentava ainda mais a repressão e os atos armados no país.
Em 1960, durante o Massacre de Sharpeville, manifestação civil em que a polícia matou 67 negros, a CNA foi declarada ilegal. Seria o fim da oposição política no País. Em 1964, Nelson Mandela é preso e condenado à prisão perpétua. Durante os próximos 30 anos, a África do Sul viveria em meio a esse caos político, econômico e cultural.
Em 1990, após 42 anos das famigeradas eleições, o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid. Em 1990, Klerk revogou as leis raciais, Nelson Mandela foi libertado e o CNA recuperou a legalidade como parte do acordo. A política do então presidente foi legitimada por um plebiscito só para brancos, realizado em 1992, no qual 69% dos eleitores votaram pelo fim do apartheid. Por todos os acontecimentos, em 1993, Klerk e Nelson Mandela ganharam o Prêmio Nobel da Paz.
Leis do Apartheid:
1. Proibição de casamentos entre brancos e negros – 1949.
2. Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-africanos (branco, negro ou mestiço) – 1950.
3. Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades – 1950
4. Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) – 1951
5. Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) – 1953
6. Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões – 1953
ESSE VÍDEO EXPLICA BEM A TRAJETÓRIA DE NELSON MANDELA:
*FONTE auxiliar: WWW.REDES.MODERNA.COM.BR*



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